Dr. Gastão Pereira da Silva (Palestra)

PALESTRA COM O SENHOR PROFESSOR

DOUTOR GASTÃO PEREIRA DA SILVA 

 

 Dr. Wagner Paulon

05/07/1972

 

PSICANÁLISE CLÍNICA – No salão nobre da Escola Superior de Psicanálise de São Paulo (CADEP), sob os auspícios do Centro Acadêmico de Debates e Estudos dê Psicanálise e da Academia Cristã de Letras, foi realizada uma palestra sobre o tema “Psicanálise Clinica no Brasil”, proferida pelo Senhor Professor Doutor Gastão Pereira da Silva, Psicanalista, Escritor, Jornalista, Articulista e Médico que introduziu no Brasil a Psicanálise sob a orientação direta do Senhor Professor Doutor Sigmund Freud, com quem se correspondeu durante vários anos.

NAQUELA OPORTUNIDADE o ilustre cientista “discorreu sobre as dificuldades profissionais encontradas em implantar a assistência psicanalítica em todo o mundo”, “devido aos preconceitos criados pela vergonha e quase Indiferença que a sociedade adotou em relação às doenças mentais”: Em seguida, colocou-se à disposição do auditório atento, para um   debate aberto, quando então tomou conhecimento do “Programa Psicanálise para o Povo” adotado desde 1972 pelo Grupo   Cadep, que implantou   um complexo assistencial e social, em termos cooperativistas, onde o psicanalista trabalha integrado numa equipe composta de Médicos, Sociólogos, Psicólogos, Assistentes Sociais e, sempre que possível, de um conselheiro religioso ecumênico. Discutidos os aspectos práticos alcançados pelo referido Programa Assistencial, que se destina à popularização psicanalítica e a extensão, assistencial às classes menos favorecidas, o Senhor Professor Doutor Gastão Pereira da Silva aprovou o sistema entusiasticamente.

A SEGUIR, acompanhado pelo Senhor Professor Psicanalista Boaventura Cisotto Netto, diretor da Escola Superior de Psicanálise e pelo Senhor Professor Doutor Alcindo Britto, presidente da Academia Cristã de Letras, o Senhor Professor Doutor Gastão Pereira da Silva, percorreu as instalações da Entidade e da Clinica Imago, anexa à mencionada Instituição Educacional. No encerramento, foi oferecido um coquetel aos presentes.

A DESCOBERTA DA PSICANÁLISE

 A Descoberta da Psicanálise

Autor: Dr. Gastão Pereira da Silva

(in memoriam)

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A DESCOBERTA DA PSICANÁLISE CBP ( I.N.N.G.).pdf (405 kB)

Senhor Professor Dr. Paulo Gaudêncio

O CBP ( I.N.N.G.) tem a honra de Homenagear

um Grande e Humilde Divulgador da

Psicanálise no Brasil

e no Exterior

Senhor Professor Dr. Paulo Gaudêncio

Psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo (USP) dedica-se há cerca de 40 anos à psicoterapia de grupo, coordenando uma equipe de terapeutas e pesquisa científica.

 

Consultor de empresas, Gaudêncio lecionou na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo e Sorocaba e na Faculdade de Educação Física da USP, na área de medicina esportiva.

 

É colunista da revista Nova, da Editora Abril.

 

Lançou recentemente o livro Mudar e Vencer, pela Editora Gente, e é autor de Men at Work, Minhas Razões, Tuas Razões e Ensaio Psicanalítico sobre Mauá, Empresário e Político, entre outras obras.

 

Fundador do Instituto Paulo Gaudêncio dedica-se há mais de 40 anos à psicoterapia de grupo e há mais de 30 anos à terapia empresarial.

 

Fundador da Editora Palavras e Gestos.

 

Médico Psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, psicoterapeuta de grupos e em atendimento individual. Especialista em psiquiatria pela Associação Médica Brasileira

 

Docente do PADE – Programa Avançado de Desenvolvimento de Executivos da UNISINOS.

 

Há mais de 30 anos atuando em Consultoria para diagnóstico empresarial, desenvolvimento humano e relacionamentos no papel profissional.

 

Através de Seminários, Workshops, Palestras, Livros e trabalhos em grupo na Terapia do Papel Profissional, vem exercendo influência decisiva na introdução e manutenção de mudanças, profilaxia do estresse patológico e aumento de produtividade nas mais conceituadas empresas.

 

Em 2008 foi eleito, pela Gestão RH, o palestrante do ano.  

 

Idéias

Sou clínico há 40 anos e terapeuta de grupo. Desde 1972 tenho sido consultor de empresas, onde faço um trabalho de flexibilização do papel profissional. Consegui industrializar o meu hobbie, ou seja, ser remunerado fazendo o que gosto. E é essa a idéia que procuro transmitir nas minhas atividades junto às empresas.

 

A globalização provocou uma mudança tremenda no mercado de trabalho e quem não acompanhar as transformações está fadado ao fracasso. Hoje, é preciso produzir em grandes quantidades, garantindo a qualidade. Assim, as empresas me contratam com o objetivo de aumentar a produtividade. Como? Mudando os valores. É preciso que as organizações e seus dirigentes se conscientizem de que a valorização e o desenvolvimento dos recursos humanos tornaram-se o diferencial do negócio em termos de eficácia e competitividade, na acirrada disputa pelo mercado global. Nesse sentido, a interação emocional que busca a sinergia de uma equipe para vencer os obstáculos impostos pelas relações humanas merece atenção especial daqueles que enxergam no trabalho muito mais do que um simples exercício burocrático de inserção na sociedade.

 

É preciso enfocar a transformação pessoal como a mola propulsora do ganho de produtividade e aumento de vendas. As empresas sempre souberam que a cabeça dos funcionários deveria estar voltada para uma atuação prazerosa. Agora, começam a descobrir que também as emoções dos indivíduos têm que estar direcionadas para esse mesmo fim. É preciso viver o lado emocional no papel profissional, viver a agressividade de forma normal, sabendo canalizar essa energia para a conquista do mercado. Ser feliz no trabalho aumenta a produtividade, e é essa fórmula que está levando as organizações a pensarem na realização do empregado em primeiro lugar, pois isso vai garantir, consequentemente, a satisfação dos clientes externos.

 

Empenho-me em obter o resgate da dignidade, transformando uma empresa coisificante numa empresa dignificante, onde o indivíduo será avaliado também pela sua competência profissional, sendo que este critério de utilidade não será exclusivo. A empresa deverá apreciar o funcionário capaz de equilibrar a razão e a emoção colaborando, assim, com a equipe e a organização. Saber ouvir um empregado e valorizar sua opinião é um exercício de cidadania. Isto é a prática dos direitos humanos.

 

Na verdade, a questão dos direitos humanos sempre foi um privilégio de classe. Não sou contratado por uma empresa para que as pessoas sejam mais felizes. Sou porque os empresários sabem que é a forma de ser eficiente, daí a importância de se trabalhar os valores pessoais e a motivação inconsciente para a melhoria de produtividade e a prática da criação. Se os empresários estão qualificando sua mão de obra não é por bondade mas, sim, para produzir mais e melhor. No entanto, descobri, nos últimos anos, que os empresários estão acordando para a sua responsabilidade social. Felizmente, isto está começando a fazer parte de seu patrimônio cultural e ninguém quer esperar o Governo tomar uma atitude. Foi essa busca pela produtividade que fez com que diversas empresas, por exemplo, optassem por tratar seus funcionários com problemas de alcoolismo a demiti-los e contratar outros para substituí-lo. A busca por uma maior eficiência resgata a defesa pela cidadania e direitos humanos.

 

Quando eu inicio um trabalho em uma empresa, procuro identificar, junto à turma de participantes, o que, no ambiente de trabalho, faz com que eles se sintam bem ou mal. Começamos, então, a construir o conceito de papel profissional para, em seguida, começar a falar de conflitos conscientes e inconscientes. A discussão das emoções provoca uma mudança racional, em nível consciente, que é rápida e efêmera. A partir daí, tem início a dinâmica de grupo, processo mais profundo que dura cerca de três anos, com reuniões mensais. Toda essa atividade envolve um processo de conscientização, em que o indivíduo irá compreender melhor seu papel na empresa, seus medos e anseios, fazendo com que ele se sinta um cidadão realmente. O funcionário que se sente respeitado na empresa, que aprende a Ter orgulho de sua cidadania, terá prazer em exercê-la fora do ambiente de trabalho. Você acha que ele vai infringir normas de trânsito, jogar lixo na rua? Não! Se o indivíduo muda na empresa, muda na vida.

 

O desenvolvimento dos direitos humanos é uma questão de educação. Educação na escola, no jornal, na televisão, na vida cotidiana, na empresa. É um esforço que precisa ser feito em todas as vertentes da sociedade. Se a gente conseguir realizar essa pequenas mudanças, a gente muda o país. O professor escolar deveria ensinar não só matemática e português, mas também cidadania. Infelizmente, o setor da educação é o que está menos desenvolvido nesse sentido. Eu acredito muito na empresa porque ela não só acordou para a necessidade de mudança, como está patrocinando essa transformação.

 

Atividades

Professor de Psicopatologia, para os cursos de Psicologia e Pedagogia da PUC-SP.

Professor de questões especiais de Psicopedagogia, para o curso de Pós-Graduação em Psicologia e Pedagogia da PUC-SP.

Professor de Psicologia Evolutiva, Psicologia Educacional e Psicopatologia para os cursos de Pedagogia e Didática da PUC-Sorocaba.

Professor de ”Tematic Apersectional Test” no Instituto Sedes Sapientiae da PUC-SP

Professor de Psicologia Religiosa do Instituto de Filosofia e Teologia de São Paulo

Professor de Psicologia Esportiva curso de Pós-Graduação de Medicina Esportiva da Faculdade de Educação Física da USP

 

Títulos

Psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo, Especialista em psiquiatria pela Associação Médica Brasileira.

 

Livros Publicados

”Jovem Urgente”, Edições Paulinas, 1974.

”A Morada da Moral”, MG Editores Associados, 1982.

”Ensaio Psicanalítico sobre Mauá”, Empresário e Político, Bianchi Editores, 1987.

”Vertentes Perspectiva 1”, Livraria Freitas Bastos, 1988.

”Dr. Gaudêncio de Nova Responde”, Editora Rosa dos Tempos, 1992.

”Minhas Razões, Tuas Razões”, Editora Gente, 1994.

”Men at Work”, Editora Gente, 1994

”Mudar e Vencer”, Editora Gente, 1999.

”Manual do Prazer”, O Dia, 2002.

”Manual do Prazer Feminino”, O Dia, 2004.

 

Prêmios e Homenagens

Paraninfo das turmas de 1963 da PUC-SP

Patrono das turmas de Psicologia em 1983, da Faculdade São Marcos.

Patrono das turmas de Psicologia em 1996, das Faculdades Metropolitanas Unidas.

 

Publicações

”A criatividade só existe na sua imaginação”, Revista Vencer, nº 54.

”Valores”, jornal O Estado de São Paulo.

”Comprometimento: Tarefa de Quem?”

”Pessoas Invadidas: Violência”

”O Líder e a Postura Maiêutica”

 

Cursos Universitários em que lecionou:

• Professor de Psicologia Evolutiva, para os cursos de psicologia e pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

• Professor de Psicopatologia, para os cursos de Psicologia e Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

• Professor de Psicologia Evolutiva, Psicologia Educacional e Psicopatologia para os cursos de Pedagogia e Didática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

• Professor de Tematic Apersectional Test no Instituto Sedes Sapientiae da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

• Professor de Psicologia Religiosa do Instituto de Filosofia e Teologia de São Paulo

• Professor de Psicologia Esportiva no Curso de Pós-Graduação de Medicina Esportiva da Faculdade de Educação Física da Universidade de São Paulo.

LIVROS EM CO-AUTORIA

• Shazan – 1970 – Editora Perspectiva

• Vida a dois – Editora Siciliano

 

CRÉDITOS

http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:_N1DwOKA-kYJ:www.dhnet.org.br/dados/jornais/edh/br/jornal_edh/j5/gaudencio.html+Paulo+Gaudencio&cd=31&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:cjcFxIKOjXEJ:www.paulogaudencio.com.br/+Paulo+Gaudencio&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

http://www.paulogaudencio.com.br/

MÉDICOS SEM FRONTEIRAS Uganda: Karamoja enfrenta grande crise de desnutrição

MÉDICOS SEM FRONTEIRAS

Uganda: Karamoja enfrenta grande crise de desnutrição

Dr.Wagner Paulon

2008 

 

Projeto de MSF para tratar crianças desnutridas na região deveria terminar em setembro, mas deve continuar durante 2009. 

 

   17/10/2008 – Em Karamoja, a desnutrição é crônica. No entanto, este ano, a remota região do nordeste de Uganda está sofrendo sua pior seca em cinco anos, criando uma crise humanitária.

 

Os dois últimos anos registraram uma seca atrás da outra, seguidas de chuvas extraordinariamente fortes. O aumento do preço dos alimentos faz com que a comida disponível no mercado esteja simplesmente fora das possibilidades de consumo. As chuvas ralas no ano passado, e atrasadas neste ano, levaram a um colheita tardia e insuficiente de amendoim e sorgo, e também a números altos de morte de animais.

 

Karamoja abriga uma população de mais ou menos um milhão, que é majoritariamente dependente de animais para sustentar seu modo de vida. A região é conhecida por conflitos ligados a invasões de rebanhos. Os estilos de vida pastorais e nômades e a insegurança tornam difícil para a população ter acesso aos poucos postos de saúde da região. A crise humanitária de Karamoja é caracterizada por altos níveis de insegurança alimentar e taxas de desnutrição aguda.

 

Em resposta, Médicos Sem Fronteiras (MSF) abriu um programa de alimentação terapêutica para crianças com menos de cinco ano nos distritos mais afetados pela fome, em Moroto e Nakapiripirit.

 

“A melhor forma de auxiliar e tratar as crianças, as mais vulneráveis da população, é viajar para as vilas para encontrar as crianças desnutridas, fornecendo rações de duas semanas para que ele consigam superar o pior. Nós tememos que o pior ainda esteja por vir”, explica Kodjo Edoh, chefe de missão de MSF em Uganda.

 

Esta é a melhor maneira de trazer a saúde o mais próximo possível dos pacientes e alcançar os mais vulneráveis no trânsito nômade da população de Karamoja.

 

A intervenção nutricional de MSF começou em junho de 2008 e deveria terminar já em setembro. Agora, com quase 24 mil crianças examinadas e 2,3 mil delas severamente desnutridas, o programa provavelmente continuará até 2009. George Mbaluto, o enfermeiro queniano responsável pelo programa, descreve como as clínicas móveis do programa de alimentação são montadas: “as mães vêm com as crianças para sentar na sala de espera. Aqui, são informadas em relação a nutrição e higiene pessoal.”

 

Crianças entre seis meses e cinco anos são, então, examinadas com um bracelete chamado MUAC que mede a circunferência do braço.

 

“Qualquer criança cujo braço meça entre 11 e 35cm no MUAC tem sua atura e peso medidos. Aquelas com medidas abaixo de 11cm, assim como as que estiverem com edemas bilaterais (inchaço devido à acumulação de fluidos) são admitidas diretamente e consideradas severamente desnutridas”, acrescentou Mbaluto.

 

Toda criança recém admitida é testada para malária e examinada para outras complicações médicas, como infecções e diarréia. Em algumas áreas, entre 60% a 90% das crianças tinham malária. Dois enfermeiros realizam consultas, examinam as crianças e descartam complicações. Eles procuram infecções e imunidade baixa. As crianças recebem ácido fólico para prevenir anemia, assim como vitamina A. Para tratar as complicações, os enfermeiros recebem antibiótico e outras drogas.

 

Crianças severamente desnutridas, mas sem outras complicações médicas, serão tratadas no local. Uma criança que esteja muito doente, ou sem apetite, é conduzida ao Hospital de São Kizito em Matany, um dos dois hospitais de referência no distrito. Aqui, MSF dá suporte ao único centro de alimentação terapêutica na região. Assim que as crianças são estabilizadas no centro, são liberadas e encaminhadas para as clínicas móveis mais próximas de suas casas.

 

Em Karamoja, devastada de forma crônica pela desnutrição, muitas família não conseguem comprar nenhuma comida, muito menos o alimento certo, e precisam sobreviver de mingau de cereais, a que faltam os nutrientes essenciais. MSF trata crianças desnutridas com alimento terapêutico pronto para comer, feito para atender a suas necessidades.

 

“Aqui, nós usamos Plumpynut, dois sachês para crianças com menos de 8 kg e 3 kg para aquelas com mais”, disse Mbaluto. “Sabão e mosquiteiros são fornecidos para ajudar com a higiene e prevenir malária. Um suprimento de Plumpynut é dado às mães, que recebem uma recomendação de voltar em dez dias. Nós não vimos muitos problemas, mas um grande progresso. A maioria das crianças gosta do alimento terapêutico e está ganhando peso. Dependendo da localização, nós examinamos cerca de 60 ou 70 pacientes por dia”.

 

A equipe está encorajando a agentes comunitários de saúde a procurar crianças desnutridas visitando famílias. “Até agora, as mães estão vindo regularmente e o público presente chega a 80/90% na maioria das clínicas. Mesmo assim, em uma ou duas delas, só estamos examinando cerca de 50%, então ainda há algum trabalho a ser feito nesse sentido”, disse Mbaluto.

 

MSF acredita que o desafio nas áreas mais devastadas pela desnutrição é não apenas tratar os mais afetados, mas também prevenir que eles cheguem ao estágio terminal, garantindo que todas as crianças tenham acesso a alimentos ricos em nutrientes.

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MÉDICOS SEM FRONTEIRAS Somália: Rápido aumento de feridos e desalojados com crescimento da violência

MÉDICOS SEM FRONTEIRAS

Somália: Rápido aumento de feridos e desalojados com crescimento da violência

Dr.Wagner Paulon

2008

 

Equipes de MSF que estão trabalhando no país oferecem assistência a pessoas em condições de seguranças difíceis 

 

   07/10/2008 – O recente aumento de conflitos em uma das áreas residenciais mais populosas em Mogadíscio resultou em um acelerado crescimento no número de feridos e tem, mais uma vez, desalojado milhares de pessoas. MSF está tratando de feridos e oferecendo suprimentos emergenciais básicos para os novos desabrigados.

 

Em relação à semana passada, MSF tratou mais cem feridos no hospital de Dayniile, localizado no subúrbio da capital. Os feridos – muitos dos quais mulheres e crianças com menos de 16 anos – sofreram agressões na cabeça, no abdômen e no peito causados por balas ou morteiros. Muitos precisam de cirurgia de emergência.

 

Na estrada de Mogadíscio para Afgooye, onde mais de 250 mil pessoas desalojadas estão vivendo em condições espantosas, MSF viu a chegada de pelo menos mais nove mil pessoas desde a última quarta-feira. Equipes estão tentado oferecer a eles suprimentos essenciais, incluindo sabonete, roupas de cama plásticas e cobertores. No entanto, esses itens básicos irão apenas responder a necessidades de emergência. As pessoas estão completamente dependentes de ajuda alimentar externa

 

Kenneth Lavelle, chefe de missão de MSF em Nairóbi, está diariamente em contato com as equipes dos terrenos. “A situação é aterrorizante”, disse ele. “Por causa do constante fluxo de pessoas fugindo de Mogadíscio, os campos estão ficando mais e mais lotados e as já aterrorizantes condições de vida estão rapidamente se deteriorando. Famílias de cinco pessoas têm menos de alguns metros quadrados para viver, sem um abrigo adequado”.

 

MSF trabalha nos centros de saúde de Hawa Abdi e Afgooye desde 2007 e tratou mais de mil crianças sofrendo de desnutrição aguda todo mês desde abril de 2008. As condições de trabalho, principalmente a falta de segurança para a população e os trabalhadores humanitários, impedem qualquer aumento significativo nessa ajuda vital.

 

“Apesar de toda a insegurança, MSF ainda tem sido capaz de fazer seu trabalho graças aos nossos colegas somalis, que estão correndo tremendos riscos para oferecer assistência imediata”, disse Lavelle. “Devido à situação da segurança, nós não estamos conseguindo suprir nenhuma necessidade além da imediata – necessidade de quem corre risco de vida. Isso inclui cuidados médicos, nutrição e saneamento. Nossa resposta é certamente inadequada quando levamos em consideração a gravidade da situação”.

 

A equipe de MSF no hospital de Dayniile tratou mais de 3,7 mil pessoas sofrendo de ferimentos de trauma desde o começo de 2008. Mais de metade desses tratamentos foram para mulheres e crianças com menos de 14 anos, sendo que metade desses pacientes haviam se ferido durante conflitos.

 

MSF já cuidou de 6.937 crianças sofrendo de desnutrição aguda nos centros de saúde de Hawa Abdi e Afgooye desde abril de 2008, nos quais 32.982 consultas médicas foram realizadas neste período.

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MÉDICOS SEM FRONTEIRAS Somália: População precisa de assistência imediata

MÉDICOS SEM FRONTEIRAS

Somália: População precisa de assistência imediata

Dr.Wagner Paulon

2008

 

Médicos Sem Fronteiras pedem que atores humanitários tenham segurança garantida e acesso irrestrito para realizar o trabalho necessário para salvar vidas    

  

26/06/2008 – A população da Somália enfrenta atualmente uma grave crise humanitária, ainda sem a resposta necessária. Apenas em maio, as equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) que trabalham em Hawa Abdi e Afgoye, subúrbios de Mogadíscio, trataram mais de 2,5 mil crianças que sofriam de desnutrição aguda, com o número de admissões nos programas nutricionais de MSF duplicando em abril e novamente em maio. Os índices de desnutrição ultrapassaram o mínimo determinante de uma emergência por um ano. O número de novos casos está aumentando drasticamente à medida que a assistência externa está diminuindo em qualidade e quantidade devido ao grande nível de insegurança e à medida que os trabalhadores humanitários vêm se tornando cada vez mais alvos de ataques. Os somalis que tentam fugir da violência têm poucas opções para escapar, uma vez que as principais passagens nas fronteiras estão fechadas.

 

“A Somália não está mais à beira de uma catástrofe, porque o desastre já existe”, afirma Bruno Jochum, diretor de operações de MSF que está baseado em Genebra (Suíça). “Apenas na semana passada, mais de 500 crianças gravemente desnutridas foram admitidas em nossos programas nutricionais. Uma em cada seis delas precisa ser hospitalizada devido a complicações médicas. Se essa tendência continuar, a desnutrição em breve vai afetar de maneira mais geral a população, como crianças com mais de cinco anos de idade e adultos vulneráveis. A situação é trágica e nós não conseguimos oferecer a ajuda necessária para evitar que a situação piore ainda mais”.

 

No corredor de Afgoye-Mogadíscio, mais de 250 mil pessoas vivem em lugares superlotados e o número tende a crescer à medida que mais pessoas deixam a capital para fugir da violência. Menos de dez litros de água limpa estão disponíveis por pessoa por dia e a maioria das famílias vive em abrigos improvisados, que oferecem pouca segurança. Os preços dos alimentos básicos, como o arroz e o milho, triplicaram desde o início do ano e muitos deslocados internos contam exclusivamente com a assistência externa.

 

A violência continua em Mogadíscio e em seus arredores, fazendo com que os civis paguem um preço muito caro. O departamento de cirurgia de MSF em Dayniile, na periferia de Mogadíscio, tratou mais de 2,1 mil pessoas que sofriam de traumas desde o início de 2008. Mais da metade eram mulheres e crianças com menos de 14 anos de idade. Entre nossos pacientes, 56% recebeu tratamento para ferimentos relativos à violência, como tiros e explosões.

 

Esse ambiente de segurança altamente volátil impede qualquer evolução importante a nível de qualidade de assistência. Trabalhadores humanitários são freqüentemente alvos e nenhuma organização, incluindo MSF, pode trabalhar de maneira contínua com uma equipe internacional.

 

” Dezoito meses após o envolvimento político e militar dos integrantes da comunidade internacional em nome do restabelecimento da estabilidade e da luta contra o terrorismo, a situação é catastrófica para a população somali”, afirma Dr. Christophe Fournier, presidente do Conselho Internacional de MSF. “O conflito piorou, com violência contra civis promovidas por todas as partes, contribuindo para o atual desastre humanitário. MSF pede que a independência da ação humanitária com relação a agenda política e de manutenção da paz seja garantida e que todos os beligerantes garantam acesso seguro e irrestrito a todos os atores humanitários”.

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LOGO DO SINDICATO DOS PSICANALISTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

SINDICATO DOS PSICANALISTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIA DO PSICANALISTA

 

 6 DE MAIO

 

LEI N° 12.933, DE 23 DE ABRIL DE 2008

 

(Projeto de lei n° 700, de 2004 da Deputada Beth Sahão – PT) Institui o

 

“Dia do Psicanalista”

 

O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA:

 

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo, nos termos do artigo 28, § 4°, da Constituição do Estado, a seguinte lei:

 

Artigo 1° – Fica instituído o “Dia do Psicanalista”, a ser comemorado, anualmente, no dia 6 de maio.

 

Artigo 2° – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

 

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 23 de abril de 2008.

 

a) WALDIR AGNELLO – 1°Vice-Presidente no exercício da Presidência Publicada na Secretaria da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 23 de abril de 2008.

 

a) Auro Augusto Calimam, – Secretário Geral Parlamentar

SINDICATO DOS PSICANALISTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

JURAMENTO DO PSICANALISTA

1972

 

“Juramos perante todos os poderes do homem e, acima de tudo, perante nossas próprias consciências, fazer dos ensinamentos básicos da Psicanálise, uma chama sempre viva que iluminará perenemente, os inescrutáveis caminhos que devemos percorrer em busca da verdade, do direito e da fé para com nossos semelhantes. Jamais permitiremos que os poderes que nos foram conferidos, através do conhecimento do psiquismo humano, sirvam para criar privilégios ou manter o poder de uma minoria, em detrimento da coletividade; e, mesmo assim, faremos o possível para que esta, em seu poder avassalador, não transforme os seres humanos em, apenas, mais uma unidade de sua força. Tudo faremos para que o Homem apareça sob sua verdadeira imagem, protegido pelo inalienável direito de Liberdade. Fraternidade e Amor ao próximo, sentimentos que transformam os seres humanos em constelações de um todo e único Universo. Nunca nos deixaremos intimidar pela aparente fraqueza da espécie humana e, diante disto, jamais empregaremos o ódio, a vingança, ou a acusação, para aplacarmos através deles, o nosso próprio medo, covardia  ou a vergonha. Usaremos sempre da maior cautela possível ao analisarmos nossos semelhantes e, antes de estruturarmos a nossa concepção, prometemos viver os dramas que descobrimos, para assim, conscientemente, acharmos os necessários mecanismos que lhes sirvam de defesa para o completo restabelecimento de seu equilíbrio Psico-somático. Mesmo nas horas mais difíceis juramos não transformar estes conhecimentos em situação mercantilizadora. Muito ao contrário, faremos de nossas naturais fraquezas, novas forças para continuarmos o nosso trabalho de pesquisa do psiquismo humano. Todas as descobertas úteis deverão se transformar em direito comum, com o qual procuraremos moldar a Humanidade, não ao sabor de nossas exigências, mas sim na imperiosa norma de suas naturais necessidades. Criaremos em conjunto, ao lado do respeito para com os complicados mistérios da “psique humana”, sentimentos de despreendimento, igualdade e compreensão. Somente assim, despidos de quaisquer melindres condicionadores, caminharemos para nossos verdadeiros destinos, através da História, criando sempre condições para que o sentimento da caridade possa imperar. Sempre nos conduziremos através dos diálogos e das pesquisas. Nunca nos contentaremos com uma só verdade. E, ao lado das relações humanas que, acima de tudo, criaremos em nosso meio ambiente, chegaremos à análise científica de todos os traumas que assolam a humanidade, para assim, dentro do vasto campo da Psicanálise, que adotamos por doutrina, tentarmos encontrar as verdadeiras soluções, onde quer que estejam. De posse delas, sem os limites impostos pelos costumes, pelos partidarismos político-religiosos ou pela moral radicalizadora, prometemos, cause o impacto que causar, usá-las em benefício da espécie humana, numa missão que sabemos árdua, mas que por isto mesmo, juramos hoje, transformá-la em nosso único e idealístico sacerdócio”.

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